segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

sexta-feira, 23 de agosto de 2013


Em tudo, o tempo dentro de si? Sobretudo quando é madrugada, parece haver, em tudo, tempo. Ademais, parece estar tudo pleno de tempo. Em tudo, um tanto pouco a mais de tempo. E quanta existência, em tudo? E quantos erros, em tudo? E quanto tempo para refazer-se do tempo-perdido? "Eu que fiz dos meus sonhos meus navios". E quando a solidão, a solidão das madrugadas insones, impõem-nos o tempo dos pensamentos e das tristezas? "Para quem quer se soltar, invento a cais". E quando as palavras saem molhadas? Embebidas nos copos? Embebidas em doses? E quando as palavras deitam caminhos infelizes? E quando for tempo de calar? E quando for tempo de ouvir Miltons e Chicos? Sempre haverá, em tudo, tempo para ouvir Milton, para ouvir Elis, para ouvir Bach, Paco, Dolores. Tempo de escrever. Escrever textos desconexos. E quando for o tempo do non-sense. E quando o dionisíaco nos tomar o tempo todo? A insanidade! A intensidade! Exaltada como a uma deusa! "Invento o cais! E sei a vez de me lançar!" E quando romper, em tudo, o limite tênue dos corações? Em que tempo, o amor? O amor? Para mais tarde? Tempo das contas bancárias, das hipotecas, dos alugueis, dos carros novos, do desejo planejado, dos sonhos planejados? Eu, simplesmente, ao fechar os olhos, sonho! Sem a regulação matemática das ciências das finanças! Talvez por isso, essa miséria! A miséria dos devedores! Dos tortos, dos desviados, dos sem-futuro, dos desregrados, dos destemperados, dos inconstantes! A miséria dos sem-planos, dos desprevenidos! "Nem todos os unguentos vão aliviar!" 

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Recuso-me! Prefiro os discos antigos!


Por que insisto com discos velhos? Porque existo mais antigamente. Sempre acreditei que a tristeza, há alguns anos, tem se tornado - qual, a razão? - menos tristeza! A falsa celebração, a instantaneidade dessa alegria fascista, que - a que preço? - impõem-nos um modelo pautado nas agonias do neo-capitalismo! Recuso-me! Pra mim, a velha e boa tristeza!

terça-feira, 25 de junho de 2013


Para o medo do rebento

Nem tanto o tempo certo
O erro que prezo é presto
O desacerto
O samba de enredo torto
O absurdo,
O inesperado,
O encontro,
O outro, nascido de um momento.

Nem tanto há o tempo certo
De parir o rebento,
O desvario
O rouco
E se o menino rebentar desprevenido?
E se a menina quiser, por si, o mundo?

É filho espúrio o que rompeu o método?
Já nasce louco?


E sua loucura é tanta que encheu meus olhos só de pensamentos!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Hoje, pensei. E minhas palavras? Quem as lê? Pensei. O que tenho lido? Por que não escrevo? O que tenho pensado? Sobre o mundo, o que tenho pensado? Tenho comido muitos doces. Por que não comeria? E o sentido? Por que não tenho mais pensado o "sentido"? Fernando Pessoa. Tenho andado pouco. Pensado pouco? Revi um antigo blog. Divago pouco, ultimamente. Por que não divago? Por que, esse objetivismo? Não consigo compreendê-lo. Talvez, mesmo, não precise compreendê-lo. "Deixa que te diga o vento" (José Miguel Wisnik)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Minha opinião sobre Yoani Sánchez

Minha opinião sobre Yoani Sánchez? O que importa, minha opinião? Minha opinião? Enfim, adicione uma porção de luxúria capitalista. Noutro canto reserve um pouquinho, apenas 100 gr., de discursos moralizantes. E, finalmente, uma pitadela, porém generosa, da antiga e majestosa [m]idiotice classe-mediana brasileira. Dios salve a la involución!