sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Ouvindo Moacyr. Companheiro da solidão. Elegia Inútil. Poesia mesmo. A sedução carioca do poeta brasileiro, lançado em 2005, é o sétimo disco do poeta, compositor, carioca e boêmio Moacyr Luz. Os ouvidos atentos ouvirão um carioca. Um homem e o Rio de Janeiro, presença marcante em diversas faixas. Moacyr Luz é o retrato mais exato, mais nítido, de seu chão, o Rio de Janeiro. Poesia que homenageia a Cidade, suas noites, seus montes, seus espaços. Em Meier, Moacyr canta a chuva. Uma chuva carioca, que preludia o sol, o lírio a palma. Mais uma vez os bandolins. Moacyr, canta as coisas simples. A chuva, o Sol e o coração. Em Carnavais, fala de mulheres. Do efeito mortal dessas mulheres. Em As Cantadas, entoa mais um hino, um hino a terra de Guanabara. Os atentos, ainda, ouvirão o poeta Ferreira Gullar. Sorte.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

 Umas poucas palavras. Sim. Poucas palavras. A inquietude da vida burocrática do trabalho calou as palavras. Ando com outros projetos. O "Parafernália", um pouco esquecido. Hoje fui tomado por um desassossego. Na verdade, pensava nele ontem. Resolvi falar. Ando pensando a condição "artista", sua condição existencial. Como coisa existente. Sobre o intrínseco do ser artista. Uma espécie de "estar-na-vida", na radicalidade da vida como tragédia. Penso no artista como "ancouradouro", como espaço em que a "dor", a "dor-primordial" (como queria Nietzsche), encontra estada. Penso na vida artística como desvelamento. Pensemos. Volto com mais palavras em breve.