quarta-feira, 8 de junho de 2011

Anoitecer. Zé Miguel Wisnik. Dessa hora tenho medo. Hoje? A mediocridade. O poder exercido às migalhas! O poder medíocre dos que comandam um número ínfimo de funcionarios indiretos. E ri. Um riso sarcástico. Os que se aventuram no poder - libido dominandi. Desejo e domínio. Desejo de menorizar o outro. Vi a estupidez dos que envelheceram. Dos velhos e de seus destinos estúpidos. Vivo em uma cidade de católicos, de santos beatos. Eu? Um degredado. Um estrangeiro! Em cada esquina dessa cidade, um ar de superioridade. Medíocres. E nós, os músicos, recolhendo, pelo chão, o favor dos que suportam nossa cultura de negros. Aqui, há um Igreja enorme, bonita, com grandes blocos, que fora construída em 1886, pelos escravos. Cartão Postal da indignidade de nossa cidade? Não, ao contrário! Reverenciada com honra - por brancos e negros ressentidos. Eu prefiro evitá-la!

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