quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Um conto e a noite

Sobre músicas e cellos! Sobre destinos! Sobre os demônios que circulam nas ruas. Madrugadas. Caminhadas. Bares. Sinto o tempo nas lágrimas dos olhos dos outros. Nos desejos. Volto pra casa abatida, desencantada da vida. Minhas rondas pelas madrugadas das cidades. Minhas caminhadas pelos bares da cidade. Os mais pequenos. Os mais nobres. Os que vendem cachaça, apenas. Os que se regalam em vinhos finos, whiskies caros. Eu prefiro os botecos. O balcão de pedra fria. A sujeira das bebedeiras passadas. Dos porres antigos. Dos antigos notívagos. Prefiro a conversa desnecessária dos bêbados antigos. Não gosto da conversa "social", escritório, dos homens de fina conduta. Prefiro as baixarias dos pequenos, dos reles, dos que não querem destino, dos que não querem o próspero, dos que se quedam, aturdidos, com a pequenez da própria existência. Ouvindo Aldir. Vida Noturna. Histórias, reias, de um boêmio de fato. Um cigarro (que não fumo!). O desespero da chuva. O retrato. O garçom. Vivo à espera dos bares, das noites, das luas, do perambular desatinado. Compreendendo a existência como passagem, como não-acúmulo, como efemeridade, como vazio. O gosto do conhaque que nos resta nos lábios nas manhãs seguintes. Ressacas. Mais vazios.

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