domingo, 2 de outubro de 2011

O relógio, estranho inimigo, aponta suas horas intermináveis. O tempo passa devagar. E os pensamentos são muitos. E as palavras, poucas. Voltei à Parafernália dos pensamentos. Voltei à solidão insone dos que vivem os segundos das madrugadas, dos que mergulham pensamentos em mais pensamentos. Hoje fui interpelado sobre a seriedade dos sentimentos que sinto. Estranho modo de conhecer uma verdade sobre o que sinto: perguntando-me sobre seriedade. Eu, o rancoroso com a existência. Mas esqueçamos. Falemos sobre o vazio. Assunto corriqueiro nos textos desprovidos de sentido que escrevo. Falemos de política. Não, política, não. Falemos de Deus. Melhor. Noutra hora. Falemos da madrugada. Dos silêncios absurdos. Dos vazios que se fazem ouvir, nas madrugadas insones. Falemos do vizinho que, logo cedo, insiste num trabalho profundamente desnecessário. Mania de velhos aposentados: consertar coisas velhas, reutilizá-las. Por que, simplesmente, não dorme? Por que, simplesmente, não lê? Mania do velho moço jovem que sou. Ontem falei com o Maza. Abandono. Esse meu espírito amigo sentirá a ausência do companheiro das horas insanas. Rever Maza, uma missão para os próximos dias. Saudades do meu violão. Tenho abandonado minhas cordas. Estão soltas, sobre a cama, amargando um abandono triste. Preciso voltar aos acordes. Minha poesia. Saudades 

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