terça-feira, 14 de junho de 2011

Silêncio. Tudo que ouço é silêncio e desespero. São 23:38. Silêncio. Os vizinhos dormem cedo. Minha insônia. Fico a colher pensamentos, envolto no problemático da vida! Penso. E, do pensar que produzo, resta o sentimento pontiagudo da agonia. Eterno é o retorno do mesmo! E se vivessemos outras centenas de vezes a vida que vivemos? Nietzsche! Tenho os olhos perdidos. Paredes brancas. Um programa televisivo que não me atrai. Serve, apenas, para criar a ilusão da companhia, uma companhia psicótica. Que regurgita as asneiras de cada dia. Dai-nos hoje, ó Deus! Nessas semanas longas, onde o pensamento é a única subversão possível, aguardo ansiosamente a chegada dos dias sem trabalho! Espero as mesas abarrotadas do esquecimento proveniente do desespero e do alcool! Espero a conversa fortuíta! O estremecimento! A amizade coletada nos becos, nas ruelas, nos precipícios! Por hora, resta o silêncio!

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