quarta-feira, 20 de abril de 2011

Porque, Cláudia Leite?

Prefiro, apenas, narrar a experiência. Façam suas conclusões. Era terça-feira. Uma daquelas terças-feiras em que o sol, radiante e majestoso, brilhava mais que intensamente. Deitei-me. Na sala. Onde uma levíssima brisa, como que uma benção divina, aliviava os calores do corpo destinado ao descontrole térmico. Resolvi, então, para melhor aliviar uma tarde como esta, ouvir o disco que acabara de comprar, numa barganha sensacional com o dono do Sebo Cultural. O disco era Tom. Simplesmente Tom. Cantando, entre tantas, sua Luíza. Mas, infelizmente, meu dia estava fadado à miséria. Miséria do corpo, do corpo quente. Miséria da cidade. E de seus sons. Explico. Tom começava sua disco. Cantava-me Luíza. Tocava. Num instante, a voz rouca do maestro brasileiro foi interrompida pela sonoridade estúpida das cidades. Era Cláudia Leite. Gritando suas histerias no carro-boate  do jovem vizinho. Pensei. Coitado de Tom. Ou ainda: Porque, Cláudia Leite? Porque? Porque?

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