E só me resta a voz embargada
o gosto asco das garrafas
o trôpego das pernas, as esquinas
Só me resta e restilho da cana
a cama e a casa vazia
E teu silêncio, Guiomar
Só me resta o torpor das vielas
as dores do fígado
as saudades do rato pequeno
o cansaço e o sereno
E me resta o sorriso aflito dos garçons
os botequins
e aquele "adeus" escrito, assim, na frieza das tecnologias
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