quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Se faltar carinho, ninho (Marcelo Camelo).

A distância temporal das palavras escritas aqui, no Parafernália, explica-se. O silêncio das palavras que aqui eram lançadas com disciplinada periodicidade, explica-se. Nunca palavras. O que resta às palavras, se o corpo não geme? O que resta? Por isso, nunca as palavras, aqui, saltam antes da sensação desesperada de estar vivo, de estar imundo da existência mesma, sem as máscaras e as hipocrisias do vazio doutras palavras. Eu prefiro o mergulho. A vida mesma, repleta das dores mais essenciais. Nisso, fiz-me sambista que outros. Dor e palavras: eis meu samba sincero.    

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