sábado, 14 de maio de 2011

Eu, caro amigo, prefiro a simplicidade da gelada bebida nos balcões de mármore, naqueles dias em que se bebe aos poucos, sem a pressa costumeira do cotidiano, sem o cansaço das burocracias. Trabalho. Universidade. Eu prefiro o gosto amargo das conversas desprovidades da seriedade reflexiva das filosofias e de seus filósofos. Ando com saudades dos antigos. Ando vasculhando os antigos. Procurando-me. Antigo. Ando com saudades da infância. Eu. Que pensava distante essas sensações! Parece que hoje se aproximam. Sensações estranhas. Ando com as costas doloridas. Efeito do tempo. Costas e pensamentos. Parecem, ambos, doer. Continuemos. Por enquanto, as saudades da gelada, da simplicidade de um copo americado brindado, conscientemente, em vão. 

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